29 de julho de 2012

O Dino da UERJ

Somente com o patrocínio da Faperj foi possível desenterrar este Abelissauro que se encontrava em Mato Grosso, na Chapada dos Guimarães. Agora ele se encontra montado em frente à Rede Sirius, MID - Núcleo de Memória, Informação e Documentação. No 2. andar do Bloco 2 da UERJ se encontra esta beldade. Desculpe pela qualidade da foto mas não fui preparado e estava cansadíssimo devido a coleta de material para outro blog. Mas a intenção é que as pessoas tomem conhecimento e visitem o resultado do trabalho. Tenho certeza que fotos mais belas partirão de suas máquinas. Enquanto isso se contentem com a fera em forma de ossos com uma composição de cenário com rochas e vegetação muito apropriadas. A plaqueta conta mais detalhes...



28 de julho de 2012

Expedição de Um: Visitando o Projeto Peixe-boi na Paraíba em Barra do Mamanguape. Sim, eu fui!

 Quando se coloca na cabeça: eu vou visitar um projeto ecológico a pessoa tem que raciocinar assim: eu quero isso? muito? Se a resposta é sim, por esta primeira imagem já se sente o que eu tive de enfrentar até encontrar o local onde os peixes-boi são mantidos. A estrada de terra onde há cana de açúcar à esquerda e à direita não é lisa como parece nesta até inocente foto. O trator quebrou no meio dela e não era para menos e o dono ficou esperando conserto do outro lado da estrada. Se for a tal lugar não vá em dia que chove e procure saber se no dia anterior choveu. Verdadeiras trincheiras de barro em forma de leito de rio seco de 50 cm de largura ziguezagueavam pela estrada. A estrada tem trechos retos e prazerosos em dia de sol mas... em vários pontos há aclives e declives. Mais adiante encontrei um ônibus enguiçado no meio da pista e o motorista estava pela redondeza. Há vilarejos cortados pela estrada deixando o cenário com um quê de Jorge Amado. O veículo em que transitei parecia ter sido trazido dos céus para transpor infernos terrenos. Para minha imensa surpresa a cada obstáculo passado tudo continuava bem. Os cumulus nimbus no final do trajeto estavam sempre me aterrorizando pois chuva significa lama e... atolamento. Nem preciso falar que antes desta foto a estrada estava tomada em trecho por mini-pântanos e rio com seixos amarelos e água límpida (e se o nível do rio sobe? o que seria desta expedição?).

De vez em quando a beleza natural explodia aos olhos em cenários paradisíacos. Sem palavras. Que abençoadas cenas, um verdadeiro refrigério no fim de tarde ainda quente. O vento da praia assolava a pele de maneira aconchegante. Mas era preciso avançar.
 Até que cheguei a ecoloja. Estava fechada. Onde está o dono, a dona? Seguindo orientação de uma moradora de Rio Tinto. A dona morava perto. Por fim encontrei a casa. Ela estava em casa? Depois de repetidos chamamentos em tom alto vi que sim. Ela tinha a chave da loja? Não!! Deixou na casa de uma vizinha. E foi lá buscar. Nisso chega uma senhora andando pelo meio da rua com fisionomia carregada e querendo saber o que queria na casa do filho dela. Devidamente informada a mulher prosseguiu rumo ao final da rua. A dona voltou com a chave, abriu a loja e enfim consegui comprar uma lembrança aqui e ali. A dona se mostrou tão simpática que até me deixou clicar o interior da confecção das lembranças - um anexo da loja - e que parecia saído de um conto de fadas ou uma casa de anões. Os puxadores dos móveis eram de peixe-boi! Dava para resistir?
 Mais algum quilômetros depois fui saudado por este peixe-boi de plástico na entrada do projeto. É cobrada uma taxa simbólica para entrar na casa dentro da paliçada e ali são mostrados cartazes, ossadas e vídeos sobre a distribuição dos peixes-boi pelo mundo. A taxa também cobre o translado por barca até a margem do rio onde se encontram os animais em cativeiro. É região de mangue mas os barqueiros são exímios condutores. Exceto por um pequeno detalhe: o barco ficou carregado de gente e eu estava vendo a hora em que eu seria em breve transformado em boto pois a canoa embora não tivesse vazamento estava com a borda com menos de 10 cm do nível da água. Se os grandes desbravadores da África me vissem entenderiam imediatamente o perigo que eu estava correndo e os outros turistas pois a cada braçada enérgica do barqueiro era preciso gingar a fim de evitar um naufrágio.

Na margem lamacenta do rio ancoramos e encontramos este viveiro - que na verdade não é bem um cativeiro. Há uma escada e uma plataforma de madeira (bem firme) que nos deixa observar com tranquilidade os animais em estado de tranquilidade, mergulhados e fazendo suas refeições. Apesar de todas as inúmeras dificuldades (conseguir saber o trajeto, meio de transporte e ter jogo de cintura pra tantas "pedras" no caminho - nem a metade foi relatada aqui). Você queria ver o peixe-boi aqui? Ah, convido a visitar o projeto rsrs!