16 de dezembro de 2007

Um projeto irmão

Eu ganhei esse de lembrança de Natal. E não resisti: tive que divulgar a idéia porque é genial. O projeto Coral-Sol tem a missão de diminuir a presença do Tubastraea Cocinea e Tubastraea Tagunensis que é o próprio Coral-Sol. Eu fui na UERJ e fui atendido por uma estagiária muito simpática e acabei comprando vários desses pesos de papel e distribuí entre amigos e conhecidos que adoraram. Tem de vários preços para todos os bolsos. Tem uns agora que vem com um furo metálico na madeira para pôr incenso. O porta-retrato eu vi mas não perguntei o preço e cabe uma foto 10X15 e o coral fica nos cantos da moldura pintado de azul. O importante é que este coral que chegou através de plataformas de petróleo e se instalou nos costões rochosos agora está sendo retirado de lá em parceria com as comunidades tradicionais litorâneas. A renda é revertida em 100% para erradicar esta praga marinha que compete com a fauna e flora nativas. O selo verde e o número de série garantem que o coral está sendo retirado do ambiente de forma correta e manejada, evitando a biopirataria, que existe no caso dos corais nativos. O projeto tem apoio da UERJ e outras formas de ajuda ao projeto estão no site www.biodiversidademarinha.org.br. Em 2008 o meio ambiente vai brilhar: não só em baixo d´água mas quem sabe em nossas mesas...

26 de novembro de 2007

O X é parte da solução


Depois do incêndio na UERJ, estes andaimes provam que o 12. andar estava caindo e que um pacote emergencial de ajuda necessitava ser dirigido ao socorro desta estrutura. O Governo Estadual inclui esta emergência no pacote de consertos. Esperemos que a UERJ não apenas sobreviva mas viva e vença. A Ciência carioca precisa dela!

9 de novembro de 2007

M E T O D O L O G I A S em Educação Ambiental

Os leitores deste blog são esperados na Capela Ecumênica da UERJ, na Rua São Franscisco Xavier, 524 - Maracanã - RJ, 12/11/2007, na próxima segunda-feira, às 19h 30 min. O livro que está sendo apresentado aqui, e celebrado a partir de lá, merece muito apoio, por transformar a altura, entre o público leigo e a pesquisa científica, não em um penhasco alto e arriscado, mas em uma escada muito confortável e ordenada, que oferece para quem sobe, os prazeres escondidos da educação ambiental.

25 de outubro de 2007

O paradigma "O"


Com "O" de orgânico é que poderia se começar o século. Depois das feiras e produtos orgânicos, chega um dispositivo baseado em micro-estruturas de carbono que pretende revolucionar telas de computador e de celulares com sua flexibilidade que tambem começa com a letra "O". Até aí mais um objeto do desejo. As forças armadas americanas estão pesquisando seu uso em roupas. Até aí mais um exibicionismo militar. O que me preocupa, fazendo um exercício de futurologia, é o uso de roupas flexíveis como telas ambulantes, como uma TV móvel pelas ruas, graças ao OLED (Organic Light-Emitting Diode) que tem uma freqüência de atualização de imagens muito maior do que um monitor de LCD. Deste modo, em uma apresentação de vôlei, teremos uma sucessão de imagens sem borrão (imagine as pás de um helicóptero em movimento sendo visíveis quando em movimento). O que está em discussão aqui é uma nova forma de poluição que certamente será numerosa: quem não vai querer ter uma roupa com estes recursos? Leis para coibir a poluição visual já precisam começar a ser debatidas, a exemplo da regulamentação dos robôs, que já está em debate na Europa.  Mas já imaginou o que uma tecnologia faz? Ela emite luminosidade além das cores que estamos acostumados a perceber? À noite seremos pirilampos, a prejudicar, não apenas as cidades mas até o campo? As questões ambientais precisam de abranger este novo tópico também. Futuras regras de boas maneiras a serem adotadas: desligue sua roupa antes da sessão de cinema, não use imagens piscantes na rua pois não podemos favorecer uma epidemia de epilepsia, a exemplo do efeito do videogame pokemon no Japão. Nossas roupas nos viciarão como os cigarros hoje nos viciam? E como ir vestido para a entrevista de emprego? Seremos questionados pela escolha dos trechos de filmes que faremos passar pelo nosso corpo? Assim como os DJs alcançaram um certo prestígio profissional, os estilistas terão de se transformar em videomakers para agradar a parcela endinheirada das nações? Para terminar, eu poderia passear por uma camiseta com OLED, mostrando a estátua do General Manoel Luís Osório (aquele da Praça XV de Novembro, que talvez você não se lembre agora que está sem a placa, mas com este blog certamente pode voltar às bocas). Como o Rio de Janeiro não tem sido exatamente nacionalista na preferência temática das camisetas que seus habitantes usam, tenho certeza que esta poderia ser uma polêmica perfeitamente enquadrada no estilo de vida "O".

12 de outubro de 2007

E science


Não dava para perder a palestra que aconteceu na UERJ, após seu incêndio, e enfrentar todo aquele frisson de um hipotético time "Sou pela ciência até morrer" ou "O céu desabará sobre nossas cabeças" no auditório situado em bloco próximo de onde o fogo atingiu as juntas. Espero que o Governador do momento realmente ajude, e com muitos recursos a venerável, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro. No auditório, Mr. Stanton nos atualizou sobre as atividades das instituições científicas do Brasil correlacionando com as capacidades de transmissão de dados e os projetos em andamento nesta área. Se ele soubesse a que velocidade é atualizado este blog talvez risse. Mas isso é assunto para um outro post.

Bienal do Livro




Tinha que existir um post fora de ordem. Este será o primeiro de muitos (talvez!). Assim como uma biblioteca em suas estantes, tem sempre uma obra nesta situação, neste blog a Bienal de 2007 surge assim. Esta não teve surpresas: pareceu muito mais uma seleção de livrarias sem novidades a apresentar. A feira exibiu best sellers, que já existiam nas livrarias da cidade. Ainda assim, vez por outra, surgia um título que se destacava. A vida é assim (se erra ou se aproveita um outro lado positivo: lanchonetes, doces portugueses e cafés em volta). Quem sabe a Flip vira uma Bienal? Com menos design de stands e mais conteúdo!

18 de setembro de 2007

Tribo das ciências humanas




Uma das intenções deste blog é estimular a cultura e entender melhor o que foge das fronteiras urbanas mas é trazido pra dentro destas fronteiras na forma de fotos e registros de áudio. Há pouco tempo tive uma experiência tribal imersiva, na escuridão das salas do Museu do Índio. Não deu pra ficar ali muito tempo, mas o que me aconteceu foi muito mais que antropológico, o sentido de ter uma irmandade com aquele modo de vida. Claro, índios comem aipim, e eu também, mas como deve ser viver sem geladeira e sem informação qualificada? Adeus tecnologia? Ainda assim vale uma olhada mais atenta em tudo aquilo. Uma música kuikuro traduzida em um painel ficou engraçada.

2 de setembro de 2007

Psicólogo 2007


Estas mensagens auto-elucidativas irrompem no texto que a gente faz na vida. Uma destas consegue caber e extrapolar, ao mesmo tempo, neste blog. Um blogueiro, quando se defronta com um painel deste, tem que estar com vontade de se pentear ou se descabelar. Ciências autocognitivas também são razão para uma foto.

29 de agosto de 2007

Mostra V FICA no Rio - Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental



Todo ano eu ia no Flamengo ver à noite esta interessantíssima Mostra que me ajudou a fortalecer a consciência ambiental. Este ano está passando de dia :( E não está no SESC do Flamengo: já protesto! A única vantagem é que a exibição foi distribuída pelos SESCs de Madureira, Engenho de Dentro, Tijuca, Santa Luzia, São Gonçalo, Barra Mansa, Três Rios, Petrópolis, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Niterói, Teresópolis, Nova Friburgo e Ramos. Seus sortudos, assistam a programação e me contem algum dia! A entrada é franca, confira a programação. Pelo menos agora não é o FICA comigo mas o FICA convosco, mas se pudesse ser o conosco... :-)

17 de agosto de 2007

Veio de Rosa

Que falta faz um educador ambiental para nos dizer que a beleza nos vem em forma de pomo? Que esta Tabebuia impetiginosa (espécie) já nos veio de alguma forma, por associação, no título do livro "O ipê floresce em agosto" de Lucília Junqueira de Almeida Prado (não conta pra ninguém mas me lembro bem que aquele ipê! da capa era amarelo!). Esta Tabebuia, que tem por nome ipê-roxo-de-bola ou pau d´arco, é uma árvore nativa brasileira, que é beneficiada e vendida em cápsulas no exterior. Houve um projeto de lei municipal carioca, n. 1180 de 1985, para arborização da cidade e que a incluía como florífera (não questiono aqui se o projeto era bom ou mau), que o nome ipê é de origem tupi-guarani, que a Secretaria de Estado de Fazenda do Amazonas o listou como produto regional que está isento do ICMS, quando a operação interna for realizada por pessoa física e que exerça atividade de extração, assim como por cooperativa ou associação que a represente conforme publicado no DOE de 31/03/06. Diz também que esta madeira pertencente a família das Bignoniaceae e que está presente na xiloteca do Museu Paraense Emílio Goeldi e que, segundo o artigo de Fonseca, Lisboa e Urbinati, é utilizada na confecção de instrumentos musicais. Se a gente disser que o rosa é um violeta atenuado, é possível entender que o Aterro do Flamengo vai ficar por um tempo decorado com comprimento de onda acima de 400 nanômetros... Entrego estes milionésimos de milímetros pra vocês!

8 de agosto de 2007

Filo Arthropoda, Classe Hexapoda, Ordem Hymenoptera

No Rio de Janeiro há muitos outros seres vivos além dos humanos: vetores de dengue, formigas de calçada e as esfomeadas por açúcar. E cheguei a conclusão que o capítulo 2 do livro "Ecologia e Conservação da Caatinga" (download em http://www.cepan.org.br/ poderia, mais do que primeiramente interessar aos entomólogos, nos dizer respeito. Ali diz que o conhecimento da fauna da Caatinga é incipiente. E o da fauna urbana carioca, ao meu ver, é ainda muito ignorado por nós, loucos pra lançar um jato de inseticida ao primeiro hexápode estranho (e só é considerado inofensivo aquilo que já está categorizado como tal) que vier pela janela! Arrisque-se e identifique em cada foto o que está pousando nestas pequenas flores!




Reino Metazoa, Filo Arthropoda, Subfilo Chelicerata, Classe Arachnida, Ordem Araneae



A ENBT tem um curso de ilustração botânica com aquarela ou guache, no Horto mas onde será que eu encontro um para ilustrar fauna ou fotografá-la? Deu um trabalhinho para focalizar estes exemplares cariocas. Quem sabe trocando experiências podemos todos irmos mais longe ou sermos mais nítidos...

Moradoras do Rio






Visão vem primeiro, depois a interpretação. Candidato(a)s?

7 de agosto de 2007

Pra ser do balacobaco


Foi isso aí. Quando eu vi o nome dessa exposição na UERJ na semana passada não resisti e clique, fiz prolongar esse momento... Se trata (começou esta semana) da exposição de malacologia, e eu, achei que estava tão organizadinha, tão cheia de setas brancas no chão decoradas com conchas, no melhor estilo vem-por-aqui-que-você-acha, que eu me senti à vontade pra dar uma espiada. Ainda estavam montando, e eu, da porta de vidro, fiquei tentado a observá-la. Me deu vontade de ser do malacomaco mas vamos ver se ainda entro lá e aprendo muito mais. Por hora só a dica: a malacologia é o estudo dos moluscos. ;)

5 de agosto de 2007

Flora Ilustrada

A primeira ilustração é uma orquídea classificada pela desenhista Regina em 2004 como Paphilopedilun. A do lado é uma bromélia que parece que tem pettigrew. A bromélia amarela foi criada em 2005. Ambas estão à venda, em um restaurante natureba de Ipanema. Eu achei que fosse conseguir ver com mais calma a assinatura da artista em casa. Só que devido a correria para alcançar o cinema, onde o restaurante com as tais ilustrações deles está próximo, as esqueci de verificar. Parece ter assinado... R. Melda. Trata-se de um trabalho muito delicado e belo, que não se encontra em qualquer esquina. Procurei na Internet o nome da artista mas não consegui encontrar. Acho que só mesmo voltando lá e perguntando ao gerente :(.

20 de julho de 2007

Às portas do templo de Sofia







A amplidão. Sem saber, veio tudo: a força, o desafio cumprido, a vida guardada em uma Universidade tão longe do centro do Rio, a UFFRJ, cheia de estudantes com esperança de fazer, encontrar uma posição na vida para criar um mundo melhor. Tanta energia ali contida, um centro de memória, jardins amplos, nuvens paradas sem chuva e salas em forma de auditório. Getúlio Vargas, eu te redescobri e aprendi a observar teus feitos. Meus parabéns pela época que nos deixou.

9 de julho de 2007

Eu fotografei Eva quando bebê


Uma garagem sem a identificação costumeira do evento na tarde de 8 de julho me conduziu a um artesanato. Sabe que na parede havia uma folha? Uma folha penatífida de uma Costela-de-adão (Monstera deliciosa), uma planta trepadeira da família das Aráceas, que é mais comum no México (mas aqui no Rio já vi várias). As portas de tão abertas, que nem eram de um ateliê daqueles cheios de tintas, pincéis, restos de papéis e metal me deram a convicção que pelo menos ali eu vivi Arte de Portas Escancaradas. Sorte para os apreciadores de toda a criatividade!

8 de julho de 2007

A vigília de Darwin






As portas do Casarão da UNEI abriram-se! Momento mágico de união da esfera da arte com tantos admiradores, consumidores, aprendizes... Darwin precisaria estar acordado para ver tantos trabalhos conectados à biologia, criados por Carlos Antunes, na 17a. edição do Arte de Portas Abertas, em Santa Teresa. Este ano foram 2 finais de semana contra apenas um das edições anteriores.

A segunda asa


Dizem que pra voarmos precisamos de no mínimo duas asas. Deve ser este o segredo do Forum de Ciência e Cultura para ter tanta programação interessante. Compartilhar o conhecimento: eis o outro nome da asa "Caridade". Pra quem não percebeu, aos pés de cada estátua (ah sim, elas mais uma vez...), está o nome dela. A última é "Sciencia". Preciso dizer mais?

Quelícera vienense


Este folder que eu tenho impresso é mais um item importante para despertar a curiosidade sobre os aracnídeos. Clicando em http://www.landesmuseum.net/infocenter/programm/sonderausstellungen/07/test-neu eu pude ver este folder fotografado por outras lentes em Viena. Pelo visto já virou objeto de cobiça, eh eh!

14 de junho de 2007

Enigmas do Centro




Como continuação dos enigmas universitários, decidi observar o que está pairando sobre nossas cabeças. Antes que alguém aponte já digo a primeira imagem tem outro ângulo na quarta imagem. Serão deusas? Quem as criou? Dando um zoom na foto há indícios de que não são feitas de gesso, ou de mármore pois uma delas está enferrujando. Parecem personagens bíblicos... O prédio onde se encontram está passando por reforma e torço para que esta inclua tão belas imagens. Uma obra de arte também pode ser analisada do ponto de vista científico. Aqui existe pelo menos uma ciência envolvida - a ciência dos materiais. Quem diria: A engenharia naval e uma estátua podem ter em comum o estudo da corrosão!

13 de junho de 2007

O átomo carioca


Estava eu babando por ter encontrado um novo ângulo para fotografar o Cristo quando, por acidente, captei mais do que eu esperava. O prédio que se vê em vermelho é o de um reator nuclear, localizado na Ilha do Fundão e pertence ao Instituto de Engenharia Nuclear. Ele fica em cima de uma colina. Fiquei observando o sol incidindo sobre a amigável estátua mas entre o céu e a copa das árvores existia mais do que a contemplação isenta. Ali, no canto direito, se insinuava a figura de um... urubu. Aí cabe uma divagação (ou várias): a ciência ficou rubro-negra? Ou tem mais cores? Quais serão os times dos cientistas? Um censo carioca cortejando futebol e ciência seria no mínimo democrático. ;) Alguém sabe de algum? Assim quem é fluminense poderia se tranquilizar com o motivo da visita desta ave catatidiforme no cantinho da foto, no teto do prédio. Resta saber se a esta distância se confirma o avistamento... :)

10 de junho de 2007

Classifique ou morra!

Tem horas que não dá pra esperar pra surgir um classificador de plantão. Biólogos, este espécime é um carioca de respeito... Só que perto deste não fico ;) Você ficaria?

Enigmas Universitários















Que nomes recebem estas estátuas na UFRJ? Deusa do amor e uma deusa com dois filhos? A âncora de navio dá uma pista na primeira mas quais serão os sexos dos bebês na outra?

Um táxon para duas árvores


Podem acreditar, não foi montagem! Consegui estes dois exemplares diferentes no mesmo dia aqui mesmo no Rio de Janeiro. Falta agora classificar este ser vegetal. Começa por onde a identificação? Estrutura do caule, número de divisões da folha? Caracterizadores morfológicos apresentem-se e deliciem-se com este visual...

Série Taxonomia


Doces de aniversário com tema de peixe? Acho que tiveram a idéia de criar estes animais cordados a partir do filme "Procurando Nemo". Eu arrisco que o primeiro é um acará e o outro é um peixe-palhaço. Quem se habilita a procurar o nome científico de cada um destes aí?