O tempo é curioso. A hora devora a hora ahora. A curiosidade é perene. A hora é do conhecimento. A curiosidade eleva o conhecimento. A esperança interior troca luzes, gases e momentos com a coletiva esperança de fora. Somos feitos do que é de fora e fazemos, ao mesmo tempo, outros interiores. A esperança é curiosidade de outras horas, é fome de outras formas. A esperança é devorar os exteriores para que o interior seja perene por ser hora de ser curioso.
Tacha: Este cenário é carioca, sim, e candidato a relógio solar. Coloca-se as marcações e acompanha-se o ângulo de incidência da luz. Atente para a faixa de operação. Às 6 da manhã no inverno estas marcações ficam sem garantia de pontualidade (a faixa horária muda) e depois das 16h ainda existe iluminação solar. Poderia ser além disso um relógio lunar nas noites límpidas e com a lua na posição adequada no céu. Mas, à noite, alguém sentaria para assistir este panorama neste corredor deserto?
