As praças aqui em Palmas são imensas. E não me parecem construídas assim à toa. Após a viagem li na internet que se pretende construir um grande polo turístico nessa região "serrana" de Palmas que tem um clima mais ameno (ameno???).
Se antes se reduzia a uma mesa na agência dos correios e agora tem essas dimensões me parece que o turismo aqui com tantas cachoeiras próximas pode mesmo explodir.
Mas por enquanto é essa paz... Talvez porque os atuais visitantes sejam revisitantes e vão direto ao ponto e de carro. E os demais se penduram no magnetismo das agências turísticas.
A maneira de falar tocantinense. Depois de muita conversa com a responsável pelo posto CATUR (com direito a uma ida e vinda para tentar comprar algo comestível) enfim ficou combinado que ela conseguiria arranjar alguém que me levasse de carro particular (não há táxis em cidade tão pequena) até o início da trilha.
Estamos chegando (eu, a motorista - que é parente da agente - e a agente).
Chegamos.Visão do alto. Nem é tão longe. 15 minutos de carro. Cada fresta de nuvem deixava aparecer o sol. E o sol estava realmente queimando.
Avisos necessários. 25 minutos? Só pra ida a placa quer dizer, né?
A temperatura está alta apesar de nublado. Ao centro uma formação rochosa incomum.
Depois de ter pago a entrada de R$7 (a carona paga em veículo custou R$ 15). Descendo a escada de alvenaria. Parecia não ter fim. Se tem havido a distribuição justa dos recursos financeiros entre os atores sociais envolvidos isso eu não sei. O que sei é que ao lado do balcão da entrada com o curioso "bilheteiro" paulistano a postos havia sim água mineral à venda, salgadinhos, frutas e doces.
Já começa a fazer falta uma varrida aqui, não?
Segundo a incompleta placa não se pode entrar na trilha ecológica sem permissão ou guia. Eu gostaria que em vez do "ou" valesse o "e". Guia cadê você?
Apenas o ruído do vento nas árvores e arbustos e o de alguns insetos.
As tábuas fazem o caminho. Estão bem conservadas.
Terra batida. E o suor caindo do rosto.
O que é isso?
Uma lata do lixo.
Não há sinalização para a biodiversidade quanto mais para a geodiversidade.
Escada com passo planificado de barro e eretor feito de bloco retangular de madeira.
Outro trecho percorrido: tábuas de madeira acompanhando os desníveis do terreno.
Olha-se para um lado, olha-se para outro e vem a pergunta: onde estão os monitores? O "bilheteiro" informou mal?
Equilibre-se andando pelo tronco caído.
Declive: apóie-se nas cordas.
Possível risco ao ecoturista?Mais caminhos de tábuas. Dá para notar que as tábuas estão alinhadas, estão todas presentes, presas ao solo e bem conservadas (sem rachaduras ou fungos).
Aclive: Sustente-se nas cordas.
Enfim uma placa indicativa. Chega a ser desnecessária aqui. Ao longe é possível ouvir ruídos de gente e cachoeira.
Ponte de tábuas sobre o regato. Passadas duas cabanas sem os guias prometidos pelo balconista que arrecadou o ingresso na trilha é essa a situação.
Cores na mata. Um lago? Muitos usufruindo do local. É uma trilha de função recreativa ao final.
Descida: Não menospreze os apoios. Imagina torcer o pé no meio da floresta. Prevenção é melhor sempre.
A Cachoeira por entre as árvores. Olhei para a camisa: mangas suadas e suor até a barriga. Nem uma vez na vida já me aconteceu essa transpiração tão grande frequentando academias de ginástica.
Placas de advertência sobre o que é proibido: não utilizar no corpo shampoos, sabonetes e bronzeadores se for entrar na água.
As cordas de rapel estão em uso.
Alguém vai descer.
Lado da piscina já sem pessoas ao redor.
A piscina natural é rasa.
Vegetação em torno da área erodida ao lado da cachoeira.
A praticante de rapel estava em sua primeira descida e foi muito bem.
No retorno da cachoeira as placas de aviso que não foram clicadas na entrada. Vi uma família ser barrada na entrada: ou deixa a melancia e o piquenique no carro e tem a entrada liberada ou não é permitido o ingresso na trilha. E é assim mesmo que deve ser. Como bem observou o "bilheteiro", pela sua experiência, já houve família que disse que ia recolher o lixo na volta e depois não o fez. Se "liberar geral" a cachoeira se torna um "lixão". Quem vai querer visitar um ponto turístico imundo? Ponto para o ecoturismo local de Palmas!