20 de junho de 2014

Prato 2: de análise morfológica dúbia


É uma abelha, uma vespa, uma formiga alada, uma mosca? Não tem ferrão ou mecanismo ovopositor visível no abdômen. O abdômen tem uma ligação muito estreita com o tórax: vespa? Mas pode ser também pertinente à uma formiga, já que é pendunculado. A direção da peça bucal é hipognata. A boca parece estar mastigando ou sugando um pedaço de fruto. A cabeça não é muito desenvolvida: não entendo que seja uma formiga. E daí? Isso não ajuda muito porque é um tipo bem comum. Pernas ambulatórias... O último par de pernas não é do tipo coletor: humm, não é uma abelha. Parece existir apenas um par de asas, se há outro pode estar atrofiado: entretanto não há balancim visível do lado direito e então... ponto pra mosca. Então vamos para a antena: não é geniculada (geralmente de tamanho de quase meia perna e angulada) e sim aristada (parece um globo amassado) que é típica das moscas. Aposto na mosca mesmo com esse abdômen, tórax, cabeça e pernas raiados de preto e branco. E em rápida procura pela Internet não localizei um exemplar igual a esse. Será que está mesmo classificado? Será que a aranha de dois posts atrás esperaria essa classificação se essa iguaria se prendesse em sua teia?

O prato 2, com zoom.

 O prato 1, vem com o tempero da surpresa: não é a Azteca chartifex. Segue a morfologia de uma vespa. Reparou nas antenas? Dá pra ver as asas quase transparentes nesse zoom.